L7: Banda faz apresentação impecável com casa lotada
Texto: Marcos Franke
Fotos: Drico Galdino
A Powerline é famosa por transformar eventos de grandes bandas em mini festivais. Não foi muito diferente com o show do L7. Com o aquecimento garantido pelas bandas Deb and the Mentals e a já conhecida Pin Ups, o público ficou ansioso pela apresentação do Soul Asylum – banda americana que explodiu com os seus sucessos ‘Somebody to Shove’, ‘Black Gold’, ‘Without a Trace’ e a até hoje tocada nos rádios ‘Runaway Train’.

O hiato de shows no Brasil não fez bem ao Soul Asylum, pois transformou o show, que deveria ter sido uma grande dádiva oferecida pela Powerline num momento de introspecção. Sem dúvida, os músicos são incríveis e Dave Pirner tem todo um perfil dos anos 90, mas fez a maioria do público no Tropical Butantã entrar numa espécie de transe, que era desfeito quando a banda tocava os clássicos do álbum Grave Dancers Union – que foram as mencionadas acima, exceto Without a Trace mais algumas do Let Your Dim Light Shine como ‘Misery’, ‘String of Pearls’ e ‘Just Like Anyone’.
Tudo se transformou com a entrada das garotas do L7. Parece que o apocalipse havia começado com o início do show do quarteto e o calor da casa de shows beirou ao insuportável. Ao som de ‘Andres’, ‘Everglade’ e ‘Monster’, o público não parava de pular e dançar. Donita Sparks e Jennifer Finch foram as grandes líderes da festa que não parou até que todos os grandes clássicos fossem tocados.

Diversas vezes Donita lembrou que há 25 anos não pisavam em solo brasileiro e que, neste retorno, havia constatado de que a energia continuava a mesma – que grande elogio de uma das grandes responsáveis por manter a banda junta por tanto tempo!

A banda se despediu do público brasileiro com ‘Pretend We’re Dead’ e ‘Fast and Frightning’ deixando o público com aquele gostinho dos anos 90. Um grande evento da Powerline, que mais uma vez provou que boa música não tem prazo de validade!